Compositores Promovem a Sustentabilidade na Música

Música Sustentável: Unindo Som e Consciência Ambiental

No universo dinâmico da música e da mídia, a sustentabilidade desempenha um papel essencial na criação de narrativas impactantes.

A Universal Production Music apresenta os pioneiros que unem arte e consciência ambiental, promovendo a sustentabilidade na indústria da música por meio de práticas inovadoras.

Conheça Jesse Quin, Steve Everitt, Manu Brant, Karima Ramage e Sylvia Navarro, artistas que não apenas moldam os sons do futuro, mas também se dedicam a preservar o meio ambiente.

Neste artigo, você entrará nos estúdios onde painéis solares se encontram com sintetizadores e colaborações remotas acontecem entre continentes, reduzindo ao máximo a pegada de carbono. Descubra como esses compositores sustentáveis ajustam sua produção musical ao ritmo do planeta, criando paisagens sonoras que ecoam tanto no coração do público quanto na natureza.

Ao final, aproveite para ouvir as incríveis criações desses artistas em nossa playlist Green Production Music e saiba mais sobre a nossa inovadora Iniciativa de Produção Musical Sustentável.

 

Jesse Quin e Old Jet: criatividade sustentável

O multi-instrumentista Jesse Quin, conhecido por sua abordagem inovadora à música, encontrou uma fonte única de inspiração no espaço sustentável Old Jet.

“A comunidade que existe no Old Jet é tão forte que você sente todos os benefícios de estar no campo, sem jamais se sentir isolado,” explica Jesse.

Situado em meio a paisagens exuberantes e alimentado por digestores anaeróbicos de última geração, o Old Jet não só promove a sustentabilidade, como também incentiva uma comunidade criativa vibrante.

“Da janela do meu estúdio, vejo uma grande extensão de grama que se eleva até uma colina longa e baixa. Atrás dela, posso avistar os domos brancos dos digestores anaeróbicos que geram a nossa eletricidade.”

“O ambiente parece muito natural, mas ao mesmo tempo tem um ar levemente futurista. De alguma forma, isso acaba se infiltrando na música que é criada aqui.”

Esse cenário tem um impacto profundo na sua produção musical.

“Quando você cria música, sentir-se próximo da natureza e saber que não está prejudicando o meio ambiente provavelmente gera um impacto positivo—mesmo que você não perceba isso conscientemente.”

A filosofia musical de Jesse equilibra o polido (cromado) e o bruto (enferrujado), uma dualidade que reflete seus valores artísticos.

“Muitas das músicas que marcaram minha adolescência, como Siamese Dream do Smashing Pumpkins ou Dummy do Portishead, tinham esse equilíbrio entre o áspero e o suave, o que sempre me atraiu,” ele compartilha.

“Não é algo novo nem que eu possa reivindicar como meu, é apenas uma preferência pessoal.”

Para o futuro, Jesse espera expandir ainda mais as práticas sustentáveis do Old Jet.

“Seria incrível conseguir recursos para aprimorar o Old Jet ainda mais, tornando-o um local onde músicos possam criar e trabalhar da maneira mais ambientalmente consciente possível.”

 

Steve Everitt e Hillside House: música e sustentabilidade em harmonia

O compositor Steve Everitt, conhecido por seu estilo único e cheio de camadas, vai além da música: seu compromisso com a sustentabilidade ambiental impacta profundamente sua vida pessoal e profissional.

Em Hillside House, sua casa e estúdio foram transformados em uma reserva natural privada, refletindo a crescente importância da sustentabilidade na indústria da música.

“Sempre tive uma forte conexão com o meio ambiente,” explica Steve. “Por isso, vejo a vida sustentável como parte essencial do meu processo criativo.”

Essa relação profunda com a natureza transparece em sua música, onde a tranquilidade e a energia do ambiente ao seu redor inspiram inovação e criatividade. O processo de “rewilding” (renaturalização) de Hillside House acompanha sua própria evolução musical e reforça seu compromisso com a biodiversidade.

“Agora, há ambientes naturais e criaturas fascinantes por aqui, que geram sons que tento incorporar na minha música. O zumbido de uma colmeia no meio da noite de inverno certamente faz um drone orgânico bem interessante!”

A instalação de energia solar que está prestes a ser concluída representa um grande avanço em sua jornada sustentável.

“Durante uma queda de energia recente, decidimos que a instalação de painéis solares com baterias poderia ser um bom sistema de backup—benéfico tanto para mim quanto para o meio ambiente,” ele explica.

A fascinação de Steve por morcegos e seu estilo de vida noturno também influenciou sua música e suas práticas ambientais. Como membro vitalício do Somerset Bat Group, ele realiza caminhadas educativas sobre morcegos em Hillside House, aumentando a conscientização sobre a conservação desses animais—e enriquecendo sua própria paleta sonora.

“Os detectores de morcegos geralmente possuem alguns modos de reprodução que soam como sintetizadores estranhos. Por isso, ultrassons de morcegos desacelerados acabaram inevitavelmente entrando em algumas das minhas composições mais experimentais.”

 

Manu Brant e Karima Ramage: colaboração musical sustentável além das fronteiras

Manu Brant e Karima Ramage são nomes de destaque na produção musical, conhecidos por suas abordagens inovadoras e sustentáveis. Mesmo vivendo em cidades diferentes, eles mantêm uma colaboração eficiente e ambientalmente consciente através de ferramentas digitais de trabalho remoto.

“Karima e eu trabalhamos juntos há anos, desde quando ambos morávamos em Londres,” conta Manu. “Em 2019, me mudei para Berlim e fiquei me perguntando se e como seria possível continuar colaborando da mesma forma à distância.”

Graças a ferramentas como Zoom, Audio Movers e Dropbox, a parceria seguiu sem interrupções, permitindo a troca de arquivos e a comunicação com facilidade.

“Acho que a confiança e o entendimento da forma como cada um trabalha foram fundamentais para continuarmos colaborando,” compartilha Manu. “Ver um rosto amigo na tela em vez de apenas nomes de arquivos sempre torna tudo mais pessoal!”

Sustentabilidade no estúdio

Em Berlim, Manu adotou diversas práticas ecológicas no estúdio para reduzir seu impacto ambiental.

“Tenho tentado ser mais consciente em relação ao consumo de energia, evitando deixar equipamentos e luzes ligadas sem necessidade. Uso condicionadores de energia e tomadas inteligentes para garantir que tudo esteja desligado quando não estou no estúdio.”

Karima também repensou sua rotina para torná-la mais sustentável.

“Meu deslocamento entre casa e estúdio acontece de transporte público, bicicleta compartilhada ou, mais recentemente, de e-moped em um esquema movido por energia 100% verde da Vattenfall,” ela revela.

Tecnologia e o futuro da produção musical sustentável

Ambos acreditam que a tecnologia será essencial para tornar a produção musical ainda mais sustentável. Eles visualizam avanços em gravações remotas, melhorias na estabilidade da internet e ferramentas de colaboração em DAWs que simulem interações em tempo real—tornando a música cada vez mais conectada e ecológica.

 

Sylvia Navarro: criatividade sustentável na produção musical

A compositora Sylvia Navarro é um exemplo de como a sustentabilidade pode ser integrada à produção musical sem comprometer a criatividade. Com uma abordagem inovadora, ela mostra que compositores individuais também podem fazer a diferença na indústria musical por meio de práticas sustentáveis em seus estúdios.

Ao adotar energia solar e fontes renováveis, Sylvia conseguiu reduzir sua pegada de carbono sem afetar sua produtividade.

“Criativamente, me inspirei a experimentar novas tecnologias e instrumentos movidos a energia limpa, como um daxophone e sintetizadores solares,” compartilha Sylvia.

“Gravo muitos sons naturais ao ar livre e depois os implemento no meu DAW (Digital Audio Workstation)—isso enriqueceu meu processo criativo e me permitiu inovar, criando timbres e texturas únicas.”

 

O Impacto da energia solar na produção musical

A transição para a energia solar trouxe vantagens tanto técnicas quanto criativas para Sylvia.

“Tecnicamente, a energia solar me proporciona uma fonte de energia confiável, estável e consistente, o que melhora minha produtividade, reduz custos e elimina preocupações com quedas de energia!” ela explica. “E, claro, é gratificante ver que isso também reduziu minha pegada de carbono.”

Para compositores interessados em investir em energia solar, Sylvia recomenda explorar empréstimos solares, leasing ou acordos de compra de energia, pois essas opções podem tornar a transição mais acessível.

“Embora a decisão de investir em energia solar para um estúdio exija uma análise cuidadosa dos custos, os benefícios a longo prazo—incluindo incentivos governamentais, economia financeira e impacto ambiental positivo—fazem com que seja um investimento valioso para compositores comprometidos com sustentabilidade e eficiência.”

Outras práticas sustentáveis no estúdio

Além dos painéis solares, Sylvia defende outras medidas para reduzir o impacto ambiental no dia a dia da produção musical.

“Há tantas maneiras de sermos mais conscientes ecologicamente,” diz ela. “O gerenciamento de energia é essencial, pois reduz o desperdício quando os equipamentos não estão em uso. Outra medida simples é adotar um fluxo de trabalho digital, eliminando o uso de papel para partituras, anotações e outros documentos.”

Com essas iniciativas, Sylvia Navarro não apenas compõe músicas incríveis, mas também ajuda a pavimentar um caminho mais sustentável para a produção musical do futuro.

 

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